O abastecimento de água da capital está dividido em dois sistemas: Captação superficial das águas do Rio Branco, localizado no bairro São Pedro, que através de duas adutoras, encaminham a água bruta para as duas estações de tratamento de águas (ETA) e captação subterrânea realizadas em diversos bairros da cidade através dos 62 poços tubulares instalados. As águas bombeadas destes poços recebem cloração antes de serem encaminhadas para o abastecimento.
Os sub-sistemas estão localizados nos bairros: Buritis, Caranã, Pintolândia, Tancredo Neves e Jardim Equatorial.
O Processo de tratamento da àgua é constituído das seguintes etapas:
1. Captação: É constituída pelo conjunto de bombas e motores, que possibilitam a retirada de água do Rio Branco para o tratamento.
2. Coagulação: Consiste na adição e dispersão do sulfato de alumínio (coagulante) na água para a sua floculação, o qual é adicionado no ponto de maior agitação.
3. Floculação: É o agrupamento (união) dos coágulos, formando os floco, a qual se realiza nos floculadores.
4. Decantação: É o processo no qual ocorre a deposição (precipitação) em suspensão, pela ação da gravidade realizada nos decantadores.
5. Filtração: Consiste em passar a água através de substancias porosas (areia, seixo e antracito), capazes de reter os flocos que passam sem decantar-se, ou outras impurezas.
6. Correção de PH: Dá-se com adição na água filtrada de uma solução de leite de cal, Ca (OH), hidróxido de cálcio, afim de torná-la neutra (ph=7) evitando sua corrosividade.
7. Cloração e Fluoretação: Nesta etapa final do tratamento da água, adiciona-se cloro gasoso, (Cl) para a sua desinfecção, (eliminação de bactérias patogênicas). Na fluoretação adiciona-se composto de flúor na água, o qual é benéfico ara a prevenção da cárie dentária.
Após todas essas etapas de tratamento a água é armazenada em reservatórios apoiados com capacidade de 3.000 metros cúbicos e depois enviada através de bombas para os reservatórios elevados dos bairros São Pedro e São Vicente, depois distribuida na cidade.
Extensão de rede de abastecimento de água: | 1.515 km |
Número de ligações domiciliares: | 83.641 |
Volume de água tratada: | 36.049.465 m³/ano |
População urbana atendida com serviço de abastecimento de água: | 299.672 (98%) |
O sistema de coleta de esgoto sanitário de Boa Vista existente foi implantado na década de 70, e na década de 90 foi inaugurada a Estação de Tratamento de Esgotos com capacidade de tratar a vazão de 350 litros por segundo, possibilitando a depuração dos esgotos por processos naturais com a ação de bactérias e algas e seus efluentes lançados no Igarapé Grande.
Em 2008, o Governo do Estado viabilizou por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a implantação do projeto de modernização e ampliação do sistema de esgoto sanitário e Boa Vista, que amplia de 18% para 70% a cobertura da rede coletora de esgotos. Hoje já chega a 40%.
Para atender a demanda quatro vezes maior que a atual, vislumbrada no projeto, foi necessário a ampliação da capacidade de tratamento da estação de tratamento de esgoto (ETE).
As lagoas passaram por modificações estruturais. O caminho percorrido pelos resíduos foi alterado, porém a forma de tratamento, por meio de autodepuração, que utiliza luz solar e calor, será o mesmo.
As obras começaram com a construção de um emissário de 4,5km que leva o esgoto tratado da Estação até o Rio Branco, que tem grande poder de maturação.
Os bairros com esgotamento sanitário no município de Boa Vista são os abaixo discriminados:
O controle da qualidade da água fornecida pela Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAER) é rigoroso. O monitoramento da qualidade da água começa com a análise da água bruta (retirada direto do rio), antes mesmo do tratamento. É nessa fase que se avalia a quantidade necessária de cada produto no tratamento. Depois de tratada, uma nova análise é feita, dessa vez para saber se os índices de potabilidade estão de acordo com o exigido pelo Ministério da Saúde na portaria nº 2914/11.
A CAER possui três laboratórios. Um para análises físico-químicas, outro para análises bacteriológicas e o terceiro de soluções. Nesses laboratórios, técnicos farmacêuticos, químicos e biólogos analisam uma série de fatores discriminados pela portaria, como: turbidez, cor, condutividade, PH, sólido dissolvido, cloro, alcalinidade, dureza, cálcio, acidez e CO².
As coletas no rio Branco são feitas quinzenalmente, e nos municípios do interior do Estado as coletas são feitas mensalmente. Já as coletas na capital, são feitas em pontos diversos da cidade, três vezes por semana. Os resultados das análises são cadastrados on-line, no sistema de controle do Ministério da Saúde. Além disso, também são enviadas cópias para vigilância sanitária e ambiental municipal e para o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano Estadual (Vigiágua).