A Companhia de Água e Esgotos de Roraima, em parceria com o Comitê de Água, Saneamento e Higiene, ligado à Operação Acolhida, capacitou os monitores que trabalham dentro dos abrigos de migrantes e refugiados, incluindo as ocupações espontâneas, para pequenos reparos hidráulicos. O conhecimento adquirido ajuda a reduzir riscos e prejuízos com reparos e, principalmente, a economizar água tratada, evitando desperdício.
Na aula prática, os alunos, sob a orientação dos técnicos da Caer, consertaram vazamentos com a troca de tubulações. Eles receberam ainda conhecimento básico sobre as normas técnicas referentes ao sistema de distribuição de água e sobre as ferramentas adequadas para cada tipo de reparo. A manutenção preventiva é fundamental para garantir a durabilidade das instalações, evitando desgastes naturais das estruturas.
Além de promover o desenvolvimento de competências profissionais de modo que executem e mantenham as instalações hidro-sanitárias conforme projetos e normas técnicas exigidas dentro dos abrigos, os monitores tiveram noções básicas para o planejamento do trabalho de forma limpa e organizada, assegurando a execução dos reparos com segurança, qualidade, economia e respeito ao meio ambiente.
O objetivo é que cada monitor conclua o curso e multiplique os conhecimentos para os migrantes e refugiados. São estes que irão realizar os procedimentos de reparos nos abrigos, quando houver necessidade. A ideia é formar profissionais venezuelanos que possam contribuir no combate ao desperdício de água, eliminando vazamentos e sensibilizando a comunidade para o uso racional da água, criando o hábito para o reuso, explicou a chefe do NMA, Airlene Carvalho.
Para os monitores da Ong Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), é um novo desafio. A supervisora dos monitores, Grey Santellys, que também participou da oficina da Caer, disse que “todos são desafiados constantemente e isso fortalece cada um, pois as experiências e práticas nos deixam mais preparados para atuar da forma correta”, afirmou.
O monitor Gerson Lara apredeu muito com os técnicos da Caer e com a visita à Estação de Tratamento de Água (ETA) da empresa, onde os técnicos do Núcleo de Meio Ambiente explicaram todo o processo de tratamento, o uso sustentável da água e o reúso para evitar desperdício. “Nunca imaginei o trabalho que dá para o tratamento da água que chega até nós. Sou grato por essa oportunidade que a Caer nos deu para ampliar nossos conhecimentos sobre saneamento”, afirmou Lara.
Responsabilidade Socioambiental - Para atender os 11 abrigos instalados na capital foi realizada expansão da rede de distribuição de água no bairro 13 de Setembro, onde estão localizados os abrigos Rondon I, II e III e também o Centro de Triagem. No mesmo bairro, a Caer investiu na expansão da rede para que a água chegasse no refeitório instalado pela Operação Acolhida, ao lado da rodoviária, para atender os migrantes e refugiados que chegam à capital. Ao todo, foram mil metros de rede para levar água potável à população venezuelana. A Caer investiu ainda na instalação de 13 poços, sendo 12 em Boa Vista e 2 em Pacaraima, para aumentar o volume de água tratada para beneficiar a população, incluindo os migrantes. Foram investimentos na ordem de R$ 1.240.000, (um milhão, duzentos e quarenta mil reais).
Em um período marcado pela pandemia de Covid-19 e suas consequências, a Caer tem obtido resultados positivos e, ao mesmo tempo, ampliado os compromissos com a sociedade. “Temos avançando em indicadores sociais e ambientais e apoiando o importante trabalho da Operação Acolhida com distribuição de água potável e tratamento de esgoto”, conclui James Serrador, presidente da Caer.
Fonte: Núcleo de Meio Ambiente